Sunday, 8 February 2009

Devo, não nego.........

By Deilinho

Londres é fantástica, mas também pode ser assustadora quando o assunto é dinheiro. E como dinheiro é um dos assuntos mais presentes nesse nosso mundo capitalista, você pode facilmente passar grande parte do seu tempo em Londres amedrontado.

Isso porque o câmbio praticado nos últimos tempos, fazendo a libra valer em média R$ 3,50, fará você logo pensar que suas suadas economias irão embora pelo ralo mais rápido do que o tempo gasto na sua viagem para cá. Principalmente ao ver, por exemplo, que em média uma coca-cola custa £2.20 e uma cerveja, £3.20.

Uma vez ouvi alguém dizer “Quem converte não se diverte“, e isso é verdade. Se cada vez que você tomar uma cada coca-cola ficar pensando que ela está lhe custando R$ 8 e que a cerveja, a primeira – afinal, como tomar uma só? – está saindo a R$ 11, em vez de curtir sua ida a um pub, você vai é se estressar.

Mas não converter não significa ficar desatento ao que se gasta, se não sua volta ao Brasil pode ser antecipada.

Por essas e outras, outro assunto recorrente aqui é trabalho. Em pouco tempo, se não imediatamente, todo mundo começa a procurar um emprego para receber em libras. Isso representa poder deixar seus desvalorizados reais guardados, além de poder tomar umas cervejas com a cabeça mais fria, mesmo que elas nunca estejam totalmente geladas, como é o caso aqui.

Mas como em Londres, assim como em qualquer lugar, a gente não vive só de cerveja, nossas suadas libras conquistadas servindo café, vendendo roupas e sapatos ou mesmo limpando escolas, museus e banheiros terão também que pagar, e caro, nosso transporte, nosso quarto, nossas roupas, nosso pão de forma de cada dia e muito mais.

Então, nesse cenário econômico de valores superlativos, ganhando em libras ou gastando em reais, morando só ou dividindo o teto, todo brasileiro aqui rapidamente percebe que economizar é necessário e, aliviado, vai descobrindo que Londres possui alguns supermercados, drogarias e lojas que podem fazer um carrinho de compras sair mais barato que algumas cervejas no pub.

O ASDA é uma rede de supermercados onde você encontra tudo, inclusive inúmeros itens de qualidade, por preços inacreditavelmente baixos, muitas vezes na casa dos pence. Você pode pagar desde £0.56 por bons sucos a £0.17 por garrafas d’água de 2 litros. Comprar shampoo por £0.50, pães de forma por £0.42, massas de macarrão por £0.78 e presunto por apenas £0.42. E esses baixos preços se estendem para chocolates, iogurtes, sorvetes, sabonetes, CDs, etc, etc, etc…

Mais direcionado para itens de alimentação, o TESCO também é uma rede de supermercados com ótimos preços e inúmeras lojas espalhadas pela cidade. O mesmo vale para as redes de drogarias BOOTS e Superdrugs, onde às vezes apenas olhar seus milhares de produtos já é um prazer.

Como dica, na área de roupas vale citar a PRIMARK, uma imensa loja de departamentos (tem uma na Oxford Street, perto do metrô de Marble Arch). Na área esportiva, com inúmeros tênis bem baratos tem a Lillywhite, em Piccadilly Circus.

Pesquisando preços nesses lugares, você irá perceber que, mesmo em Londres, com seu custo de vida mais alto que a LondonEye, é possível pagar bem pouco por muito produto bom.

Mas, por último, vai o que talvez seja a melhor dica: ANDE A ESMO. Londres é um container de surpresas. Você vai sempre se deparar com alguma excelente promoção, com alguma novidade, algo para te surpreender.

Saturday, 31 January 2009

Neo-Pobre (ou Mão de Vaca)

No próximo post, nosso colaborador Deilinho vai contar sobre como fazer a compra do mês e encher o carrinho do supermercado com £1 no Asda.

Monday, 26 January 2009

Volta ao mundo

O grande babado aqui é viajar para outros países da Europa pagando bem pouco. Existem companhias aéreas de baixo custo, como Ryanair e EasyJet, que têm passagens mais baratas que a concorrência e, às vezes, têm umas ofertas mirabolantes. É tudo uma questão de dar sorte e visitar o site no dia certo.... além de assinar a newsletter, of course.

Mas fique alerta se o preço inclui as taxas, e lembre-se que essas cias cobram extra por tudo: cada mala que for despachar, se quiser embarcar antes, se quiser comer etc. Sim, não tem comida de graça, nem barrinha de cereais, nem água.

Aí você vai viver uma experiência muito engraçada. Apesar de ter lugar pra todo mundo no vôo, quando é aberto o portão de embarque as pessoas correm desesperadamente para pegar lugar na fila, como se fossem tirar o pai da forca. Isso só compensa pra você conseguir 'escolher' o lugar de sentar, mas não custa nada manter padrões mínimos de civilidade...

Fora essas duas empresas, depois cada país europeu tem uma ou duas companhias aéreas baratas. Dá uma pesquisada no google, que ele sabe tudo :-)

Ah, e tem uns bons sites onde você faz a pesquisa comparativa do preço dos vôos e, se quiser, de pacotes com hotel. Por exemplo: CheapFlights, SkyScanner, TravelSuperMarket, Expedia e LastMinute.

Geladeira cheia

Aqui os principais supermercados são chamados Tesco e Sainsburys. Eles têm lojas de diferentes tamanhos, menores no centro, chamadas Metro ou Centre (algumas são 24h) e hipermercados mais afastados do centro. Tem muito produto próprio, como temos no Extra e no Carrefour do Brasil, que são mais baratos e costumam ser bons também.

Para quem estiver na época do aperto, existe a seção de 'savings': são as comidas com desconto porque estão perto da data de validade expirar - mas ainda estão dentro do prazo.

Um pouco mais chique é o Mark & Spencer, onde se pode comprar uma comidinha mais sofisticada.

E o mais neo-pobre é o Iceland, onde se pode comprar qualquer coisa por até £1.99 e pacotes gigantes de refrigerante, chocolate, salgadinho...

Uma coisa estranha aqui é que praticamente nada funciona 24 horas, mesmo o que é 24 horas. Tudo fecha, mais cedo ou mais tarde. Seja às 22h, seja aos domingos à noite. Mas fecha.

Outra coisa: em vez de loja de conveniência, aqui existem os "off license", em geral mercadinhos locais de propriedade de imigrantes indianos e paquistaneses.

Morar em Londres

Esse é um dos tópicos mais importantes quando estiver nos preparativos para sua viagem.

Aqui em Londres a moradia é cara e diferente dos padrões brasileiros. Desde simples detalhes, como a máquina de lavar roupa ser instalada na cozinha, não ter lavanderia ou área de serviço, até os padrões de limpeza serem diferentes de um país para outro!

Há diversas possibilidades de moradia. Não vou citar hotéis, Bed & Breakfast, Albergue, porque são para curtos períodos. Se a permanência for por um tempo maior, você tem que achar uma casa para morar.

Quem vem para estudar, pode pagar acomodação em casa de família, em geral oferecida pelas escolas. Porém, é aquela coisa: morar numa casa de família, que não é sua, você pode ter horário pra voltar pra casa, não tem liberdade para receber visitar, tem limite de uso da máquina de lavar e, às vezes, não pode usar geladeira nem fogão. Enfim, a facilidade é inversamente proporcional à liberdade.

O mais comum e acessível é dividir uma casa ou apartamento com outras pessoas, num esquema república. Voce pode encontrar uma casa com quatro ou até mesmo 15 pessoas. Lembre-se de checar em que zona da cidade (1,2,3,4,5) a casa está localizada (pois isso interfere no valor a se pagar, mas também no tempo e $$ gasto em transporte), quantas pessoas moram lá e o número de banheiros disponíveis.

Em Londres, paga-se, em geral, pelo quarto e por semana. Você pode escolher um quarto de solteiro, duplo ou triplo: depende do quanto quer gastar para bancar sua privacidade.

Outra dica importante é saber se o preço inclui todas as contas (council tax, water, eletricity, TV, gas...) e se há restrição para o uso do aquecedor da casa. No inverno, este "detalhe" pode significar passar frio dentro de casa!

Há casas que são 'gerenciadas' por agências de brasileiros, e você pode contratar antes mesmo de sair do Brasil. Até porque, na Imigracao, um dos itens que podem ser exigidos é uma carta comprovando sua residência no Reino Unido. Porém, nesse caso, você tem um intermediário, e segundo me ensinaram na escola o intermediário sempre leva algum dinheiro na história.

O ideal mesmo é alugar direto do 'dono'. Ou procurar no famoso www.gumtree.com. Você pode ter a rica experiência de dividir casa com estrangeiros. Dependendo do seu perfil, é aconselhável checar não apenas a casa, como também o perfil dos moradores. Por exemplo, horários, se gostam de dar festas barulhentas em casa, se são 'limpinhos e asseados', enfim.

E não se esqueça: contrato ou recibo comprovando seus pagamentos.

O ideal é fazer as contas e decidir qual o perfil de moradia que combina com seu orçamento e sua personalidade e... Vem para Londres!

Londres, capital do mundo!

Sabe aquela música do Zeca Pagodinho: "Com que roupa eu vou..."? Pois bem, aqui em Londres esta não é uma preocupação. Aqui você encontra todas as nacionalidades. Pense num paés bem remoto e pode ter certeza que tem gente desta região morando, trabalhando ou apenas curtindo Londres. O que menos se encontra nesta cidade são os britânicos. A pergunta mais comum aqui é: "Where are you from?". O grande benefício desta miscelânea cultural e étnica é que tudo é possível.

Seja no metrô, nas ruas da cidade, nos bares ou festas, você pode se vestir da maneira que quiser. A moda aqui é se sentir à vontade e confortável. Se você sair de pijama, ninguém vai reparar e você pode até criar moda.

De cores despojadas a chapéus extravagantes, encontra-se de tudo nesta big cidade. Você pode comprar roupas descoladas em mercados abertos, nas tradicionais lojas em shoppings ou na agitada Oxford Street. Por favor, dê uma parada na Primark (fica ao lado do metrê Marble Arch, na Oxford Street). É uma das lojas mais populares e você pode comprar varias coisas com £10. Não posso dizer que seja maravilhoso, mas é prático, barato e vale a pena conhecer!

Vem pra Londres e veja você mesmo qual a moda que quer seguir!

Friday, 23 January 2009

Escolas para todos os gostos - e bolsos

Quem é brasileiro e não tem cidadania européia, precisa entrar no Reino Unido com visto ou de turista, ou de estudante. O mais comum é se matricular em uma escola de inglês, e precisa ser um curso integral (‘full time’), ou seja, de 15 horas por semana.

Se você quiser um curso mais intensivo, pode se inscrever em um curso ‘General English’ de 15 horas + um módulo extra (pode ser ‘Speaking’, ‘Writing’ ou algo mais sofisticado, tipo ‘IELTS’ ou ‘English literature’).

As exigências para escola variam. Se você está saindo do Brasil, precisa confirmar que a escola é reconhecida pelo British Council. Você pode checar aqui.

Os cursos costumam ser mais baratos à tarde e quando a escola fica fora do Centro (Zona 1). Além disso, quanto mais longo for o curso, mais em conta fica o valor por semana. Às vezes, um curso de um ano pode ser pouca coisa mais caro que um de seis meses.

Abaixo, seguem algumas sugestões de escola com preços variados. Não estou dizendo que todas são boas. Aliás, a infra-estrutura da escola pode ser melhor ou pior de acordo com os preços cobrados, mas o que conta mesmo é se o seu professor é bom ou não. Ah, e algumas estão lotadas de brasileiros. (Se você quer ficar enfurnado com um monte de brasileiros, só falando português, é melhor nem sair do Brasil).

Malvern House

TLSI

Lite College

Burlington Academy

Great Chapel

The English Studio

LTC College

London Thames College

Edgware Academy

PS: Yes, we can! Você pode contratar seu curso diretamente com a escola, não precisa ficar pagando agência de intercâmbio

Thursday, 22 January 2009

Como arranjar emprego 2

Os números do desemprego no Reino Unido ultimamente estão assustadores, mas não é motivo para desanimar. Algumas dicas para buscar trabalho:

- imprimir um bom currículo e bater de porta em porta, entregando, de preferência, para o gerente ou supervisor (pois outro simples mortal pode querer te boicotar....)

- preencher cadastros via internet, tipo: Starbucks, Caffe Nero ou Costa Cafe.

PS: Em alguns lugares, voce pode imprimir a ficha de inscrição, preencher e xerocar a ficha preenchida. Aí é só sair distribuindo.

- procurar a central de trabalhos do Pret-a-Manger, uma rede de cafés natureba, localizada na estação de Victoria.

E, claro, no fim das contas, brasileiro sempre acaba ajudando brasileiro. E por aí vai. Como diria minha mãe, quem não se vira é caju, que já nasceu de ponta-cabeça.

Monday, 19 January 2009

Como arranjar emprego

Trabalhar em Londres é essencial! A cidade traz muitas possibilidades, mas é muito cara. Se você tem visto de estudante e vai ficar pelo menos seis meses no Reino Unido, o governo britânico lhe permite trabalhar 20 horas por semana. No caso de quem tem cidadania de alguma país da Comunidade Européia, não há limite de carga horário.

Pelo menos no início, o mais comum é achar um trabalho temporário em pubs e restaurantes. O site GumTree traz várias possibilidades: Bar Jobs/ Hotel Jobs/ Waiting Restaurant/Part Time/Evening/Weekend, entre outras. Dependendo da época do ano, há diversas opções de trabalho!

Outra dica é procurar as agências de trabalho temporário que cadastram estrangeiros (sejam estudantes ou não). Há uma lista imensa de possibilidades. Vou citar algumas grandes, mas a lista é grande: Blue Arrow, Admiral, Berkeley Scott têm trabalhos para quem tem todo tipo de nível de inglês. Elas pagam, em média, entre ₤5,75 e ₤6 por hora, que é o ‘minimum wage’ (salário mínimo).

Você tem que ir na agência e preencher o ‘application form’, levar o passaporte, e depois eles vão te ligando e passando trabalho. Não se preocupe com a falta de experiência. No caso das agências, eles sabem que as pessoas não possuem grande habilidades no ramo, por isso pagam tão pouco. Mas não deixa de ser uma experiência para aprender inglês, ganhar dinheiro e conhecer mais a cidade.

Uma outra forma é imprimir um currículo em inglês e entregar ao gerente em bares e restaurantes. Alguns destes locais colocam um aviso na porta: ‘Waitress required’ ou ‘Staff Wanted’. Muita gente consegue trabalhos bacanas indo de porta em porta.

Depois de um tempo em Londres você pode, então, procurar outros locais para trabalhar. O importante é ficar atento e boa sorte!

Friday, 21 November 2008

Transporte público


O transporte público aqui vai muito bem, obrigada, mas paga-se bastante por isso. Quem é estudante em período integral (mínimo de 15 horas por semana) deve checar se sua escola tem convênio com o governo e, em caso afirmativo, tem direito a pedir uma carteirinha de desconto (Oyster photocard 18+).

O bilhete unico daqui se chama Oyster Card e pode ser comprado nas estações do metrô ou em vários pontos de venda (as lojinhas locais chamadas de "off license"). Você pode colocar um valor determinado em créditos (£10, £20 ou o quanto quiser) ou carregar seu bilhete para uma semana (7 day travelcard) ou um mês. Nesse caso, é preciso escolher as zonas da cidade por onde vai andar (em geral, zonas 1 e 2).

Por exemplo, com oyster card de estudante, paga-se £16.90 por semana para andar nas zonas 1 e 2, ônibus, metrô ou trem.

O transporte é tão organizadinho que há um site onde se pode pesquisar itinerários, horários e afins: Transport for London.

Para trens em todo o território do Reino Unido, use o site da National Rail Service.

Antes de entrar no ônibus ou passar na catraca do metrô, você passa seu oyster card pelo leitor magnético e pronto! Em algumas estações (principalmente de trem) não há catraca, mas não é recomendado dar uma de brasileiro espertinho, pois há fiscalização frequente e as multas são salgadas.

Internet a seu favor


Aqui quase ninguém tem orkut. O lance é ter Facebook.

E o melhor amigo de quem busca qualquer coisa é o Gumtree.

Zonas

A cidade de Londres é dividida em zonas: 1, 2, 3, 4.... A 1 fica bem no centrão, e as demais vão se afastando e, portanto, são mais baratas para se morar. Mas lá há algumas casas e apês bem bacaninhas.

O rio Tâmisa divide a cidade em Norte e Sul, e o Norte é considerado mais "posh" (chique, sofisticado). Porém, tudo depende. Como em São Paulo, a zona Leste é a menos desenvolvida.

Alguns bairros têm fama de "rough", meio perigosos, mas nada que um brasileiro não tire de letra. Além disso, aqui os bairros também são muito segmentados com relação à população - alguns lugares só têm britânicos, outros só têm negros, outros só têm muçulmanos, outros só indianos e paquistaneses etc.

As zonas também influenciam na hora de se pagar o transporte, pois você pode pagar só para zonas 1 e 2, ou ter que pagar um extra para incluir zona 3 etc.

Mapa com as linhas do metrô e as zonas


Registro na polícia

Todo brasileiro (e alguns outros estrangeiros) que chegam aqui em Londres precisam se registrar num escritório específico da polícia no prazo máximo de uma semana, levando uma série de documentos (em geral, os mesmo usados para pedir o visto) e pagando uma taxa de £34 (apenas em dinheiro). Evite chegar muito tarde, pois se a fila estiver muito grande, eles fecham as portas mais cedo. Prefira ir de manhã.

Toda vez que mudar de endereço, precisa ir a qualquer delegacia e registrar o novo endereço em até sete dias. Mas não precisa andar com passaporte e nenhum documento - por enquanto, até eles começarem com essa idéia de identidade (ID). Se a polícia te parar por qualquer motivo, você tem 24h para comparecer a uma delegacia com seus documentos.

Serviço: Overseas Visitors Records Office
Telefone:
020 7230 1208. End.: The Overseas Visitors Records Office, Brandon House, 180 Borough High Street, London, SE1 1LH. Horário: 2a a 6a. feira, 9h-16h.